A
soberba, ou vaidade, ou orgulho, é considerada a mãe de todos os pecados. Foi
através dela que Eva levou Adão à desobediência, na expectativa de que, ao
experimentar do fruto da árvore dos conhecimentos, tornar-se-iam superiores e
independentes do próprio Criador. A soberba cega o homem, que através dela,
enxerga a grandeza através da distorção da ambição.
Ao procurar a perfeição na extremidade da
obsessão, o homem perde-se das suas limitações. De forma passional somos
levados a procurar a glória, perdendo a essência de Deus no ápice do poder
terreno.
Através da soberba, o homem transforma a sua
autonomia de escolha e livre arbítrio em vício, enganando-se sobre si próprio,
abraçando o orgulho, a insensatez e a vaidade pessoal, desprezando aos que
estão à sua volta e à sua cabeça, como o próprio amor a Deus e à Lei.
A soberba leva o homem a augurar a glória
através da falsidade; passando a cultivar a cobiça e a hipocrisia do poder;
submetendo-se à imprudência do próprio espelho onde mirou a vaidade e a visão
distorcida da sua verdade.
A soberba distancia o homem da humildade, a
virtude que se opõe a ela. Distanciando-se da virtude, o homem comete o pecado.
Oposta à humildade, a soberba impede o homem de conhecer a ele próprio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário