sábado, 13 de outubro de 2012

LUXÚRIA


A luxúria é a procura obsessiva e desordenada dos prazeres da carne, levando-nos ao vazio absoluto dos sentimentos.
A visão do sexo como luxúria torna este pecado capital o mais controverso no século XXI. A evolução moral da civilização judaico-cristã trouxe a chamada liberação sexual, em que o sexo passou a ser visto como fonte de prazer físico e psicológico e não apenas como função reprodutiva. Muito do que era visto como luxúria pela igreja medieval, foi diluída na liberação dos costumes sexuais da sociedade ocidental.
Mesmo diante da revolução sexual que aflorou na segunda metade do século XX, a visão do pecado da luxúria, o sexo em excesso, continua a ser a mesma que se apresentava quando o papa Gregório Magno criou a lista dos sete pecados capitais. O dominicano Tomás de Aquino, classificava a luxúria em duas vertentes: a primeira, quando praticada contraria o bom senso e a razão, originando a fornicação excessiva, a agressão contra os princípios da castidade, o adultério entre os casais, e o incesto entre os membros da família; a segunda vertente de Tomás de Aquino é a luxúria que contraria a ordem natural do ato venéreo, como a sexualidade praticada entre pessoas do mesmo sexo. Se Tomás de Aquino utilizou a ética aristotélica em sua teologia dos sete pecados, com a luxúria ele deixa a filosofia grega, apegando-se aos preceitos judaico-cristãos, que condenam o homossexualismo, transformando o ato no mais grave dentro da luxúria, sendo visto como mais abominável do que o adultério e o incesto.
O pecado da luxúria opõe-se à virtude da castidade, muito apreciada pelo homem através dos séculos, mas que perdeu a importância da sua essência quando das mudanças culturais que a cristandade católica sofreu nas últimas décadas. A castidade embora minimizada, continua a ser uma virtude admirada, mas deixou de fazer parte essencial da sexualidade do homem contemporâneo.

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