sábado, 13 de outubro de 2012

GULA


Os princípios básicos da sobrevivência de qualquer ser vivo na natureza, seja o homem ou os animais, estão na capacidade de comer e de fazer sexo. A comida garante que se mantenha vivo, o sexo que se perpetue como prole. Comida e sexo garantem a perpetuação da vida, através de um prazer que causa o bem estar de todo ser vivo.
Comer e beber faz parte da alegria humana, da garantia da sua sobrevivência. São prazeres que normalmente o homem transgride, fazendo da necessidade o desejo, resumindo-o à satisfação do desejo de um pecado venial, não ao prazer de sobreviver.
Ordenar o prazer natural que rege as nossas vidas nem sempre é possível, gerando o pecado da gula, que constitui numa procura intensa do prazer no beber e no comer. A razão esvai-se, sucumbindo ante da vontade. O apetite em excesso transforma-se na fome de viver, não no prazer dele se retirar a sobrevivência. A gula trava luta constante entre o prazer da carne e o crescimento espiritual, afastando o homem de Deus, que se torna no furor do seu apetite, negligente com a alimentação espiritual.
A gula é o pecado capital que contrasta com a virtude da temperança. Seus excessos levam à degradação do próprio corpo humano, que uma vez sendo alimentado com mais do que necessita, perde o seu equilíbrio natural e saudável. A saúde esvai-se se não mantida com a temperança.

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