Os princípios básicos da
sobrevivência de qualquer ser vivo na natureza, seja o homem ou os animais,
estão na capacidade de comer e de fazer sexo. A comida garante que se mantenha
vivo, o sexo que se perpetue como prole. Comida e sexo garantem a perpetuação
da vida, através de um prazer que causa o bem estar de todo ser vivo.
Comer e beber faz parte da alegria humana, da garantia da sua sobrevivência.
São prazeres que normalmente o homem transgride, fazendo da necessidade o
desejo, resumindo-o à satisfação do desejo de um pecado venial, não ao prazer
de sobreviver.
Ordenar o prazer natural que rege as nossas vidas nem sempre é possível,
gerando o pecado da gula, que constitui numa procura intensa do prazer no beber
e no comer. A razão esvai-se, sucumbindo ante da vontade. O apetite em excesso
transforma-se na fome de viver, não no prazer dele se retirar a sobrevivência.
A gula trava luta constante entre o prazer da carne e o crescimento espiritual,
afastando o homem de Deus, que se torna no furor do seu apetite, negligente com
a alimentação espiritual.
A gula é o pecado capital que contrasta com a virtude da temperança. Seus
excessos levam à degradação do próprio corpo humano, que uma vez sendo
alimentado com mais do que necessita, perde o seu equilíbrio natural e
saudável. A saúde esvai-se se não mantida com a temperança.
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