A ira leva o homem à
insanidade dos atos, fazendo-o travar o sentimento de vingança contra aquele
que o ofendeu. Fere não só os princípios do amor divino, como um conceito
fundamental do cristianismo, o de oferecer a outra face. A ira leva à vingança,
à cólera exacerbada e sem limites, que faz com que se ofenda verbalmente o
outro, ou mesmo que se agrida e lese corporalmente aquele que a atiçou.
A ira é completa perda da razão, afetando indelevelmente à construção moral
humana. É um estado fugaz na desconstrução da dignidade, não fazendo parte
constantemente da personalidade humana. Ela pode vir rápida como um relâmpago,
transformando-se mortalmente em um raio. Evitá-la requer um conhecimento do
homem por ele mesmo. Não se pode confundi-la com o ódio, que se manifesta
muitas vezes de forma racional. A ira é um estado ilógico, em que se perde a
razão por completo. É uma explosão irracional da alma, movendo-a para o pecado
da existência. É o domínio total da emoção sobre a razão.
A ira opõe-se à virtude da paciência, fazendo com que se perca todos os seus
elementos. Pode vir em forma de palavras ultrajantes contra o outro, ou de
agressão física, muitas vezes de forma perigosa. É uma explosão destrutiva dos
sentimentos ruins, muitas vezes arraigados no inconsciente humano. A paciência
é uma virtude que combate a ira, para tê-la, é necessário um grande
conhecimento do mundo à volta e de si próprio.
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