sábado, 13 de outubro de 2012

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Os Sete Pecados Capitais:

O conceito do pecado é usado na tradição judaico-cristã para descrever a transgressão do homem diante da Lei de Deus, à desobediência deliberada diante de um mandamento divino.
O conceito do pecado nas grandes religiões monoteístas, judaísmo, cristianismo e islamismo, embora sempre visto como a inclinação humana em errar contra a perfeição divina, tem interpretações diferentes. O judaísmo descreve o pecado como uma violação da Lei, não sendo visto propriamente como uma falta moral; para os hebreus o pecado é um ato, não um estado da alma do homem, não passando de geração em geração, já que o homem é dotado de vontade livre. Para os cristãos católicos, o pecado é a herança que o primeiro homem, Adão, deixou para todas as gerações. É o pecado original, que diante da rebelião de Eva e Adão contra Deus, causou todos os males do mundo. O pecado original, visto que Adão era perfeito, só poderia ser expiado por outro homem perfeito, no caso Jesus Cristo, que não concebido da estirpe imperfeita de Adão e Eva, redime a humanidade diante do seu sangue derramado.
Na doutrina católica, três pecados são assinalados: o pecado original, vindo da rebelião de Adão e Eva no Éden, e transmitida para todas as gerações da humanidade; o pecado mortal, desobediência do homem após adquirir o perdão do pecado original através do batismo, que o leva à morte da alma; e, o pecado venial, cometido pelo homem quando em estado de ignorância das leis, digno do perdão divino. Através desses conceitos, a igreja católica classificou o que hoje é conhecido como os sete pecados capitais.
Os sete pecados capitais precedem ao próprio cristianismo, sendo vícios que se conhecia na antiga cultura grega, adaptados quando se deu a helenização dos preceitos cristãos. Os sete pecados capitais não são encontrados enumerados nas escrituras sagradas judaico-cristãs. A Bíblia refere-se a todos eles e muitos outros de forma dispersa. Eles só vieram a ser classificados e agrupados pela igreja medieval, a partir do século VI, pelo papa Gregório Magno (540-604), que tomou como referências as cartas apostólicas de Paulo de Tarso. Gregório Magno considerou os sete pecados como mortais, que ao contrastar com os veniais, significavam a morte da alma. Capital, do latim caput (cabeça), significa que os sete pecados são os mais altos de todos os outros, sendo eles: a soberba, a ira, a inveja, a avareza, a gula, a preguiça e a luxúria. Para combater cada pecado capital, foram classificadas sete virtudes: a humildade (soberba), a paciência (ira), a caridade (inveja), a generosidade (avareza), a temperança (gula), a disciplina (preguiça) e a castidade (luxúria). Mais do que um conceito geral da oposição do homem à Lei divina, os sete pecados capitais é uma visão moral dos princípios do cristianismo católico e da igreja que ele representa.

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